24 de outubro de 2010

Poema

             A morte

Oh! Que doce tristeza e que ternura
No olhar ansioso, aflito dos que morrem...
De que âncoras profundas se socorrem
Os que penetram nessa noite escura!
Da vida aos frios véus da sepultura
Vagos momentos trêmulos decorrem...
E dos olhos as lágrimas escorrem
Como faróis da humana Desventura.
Descem então aos golfos congelados
Os que na terra vagam suspirando,
Como os velhos corações tantalizados.
Tudo negro e sinistro vai rolando
Báratro abaixo, aos ecos soluçados
Do vendaval da Morte ondeando, uivando.

                                           Cruz e Souza

Achei o poema profundo, trágico, triste, enfim... Como gosto de coisas assim resolvi postá-lo '-' E este poema foi publicado na época que Cruz e Souza já se encontrava um tanto próximo da morte, tísico, como descreve o autor do site - este é o nexo entre sua vida e esta obra.

Por: Luana Karina

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